Ravelly Fiama Bezerra Ferreira
A cárie dental é doença muito comum e de fácil contágio. O flúor é comumente usado para tentar evitar essa patologia. O uso do flúor na água que bebemos é muito importante, porém a grande maioria das cidades não faz esse uso e o seu consumo exagerado pode trazer riscos à saúde.
O flúor usado pelo menos semestralmente é muito eficaz no combate à cárie. Foi constatada uma alta quantidade de cárie nas crianças brasileiras sem o acesso necessário ao flúor. Vários métodos preventivos são usados como, por exemplo, a flouretação da água, palestras em escolas, bochechos com sódio a 0,2%. Porém nem todo mundo tem acesso a essa técnica, fazendo com que os programas não alcancem índices otimistas.
Para tentar diminuir a incidência de cárie, o ministério da Saúde optou por uma estratégia populacional com o uso em massa de gel com flúorfosfato pelo menos duas vezes ao ano em crianças de 6 a 12 anos de idade. Esse trabalho é realizado nos PISE (Programa Integrado de Saúde Escolar) com a interação de outras instituições. Esse método é muito utilizado e tem resultados eficazes. O flúor pode permanecer por até dois anos após o uso, mas a prioridades é o seu uso pelo menos uma vez ao semestre.
Foi realizada uma pesquisa no Distrito Federal com a maioria das escolas, contatou-se que alguns bairros recebem água flouretada e outros não. Para a realização desse estudo, as crianças foram divididas em grupos os quais se diferenciavam: pela idade (6, 8 e 10 anos), sexo e se consumis água flouretada ou não.
Antes de ingerirem água flouretada a incidência de cárie era prevalente na maioria das crianças. Em um período de um ano novos resultados foram colhidos e observou-se queda significativa na incidência dessa patologia.
Aodontologia moderna não se limita apenas a identificar “manchas”, tornando toda tentativa de diagnóstico da cárie válida, o os tratamentos estão cada vez mais precisos e eficazes. A intenção dos estudos mais específicos sobre a cárie é despertar o interesse clínico e demostrar a importância de um exame diagnóstico bem feito para assim dimensionar melhor a saúde bucal dos pacientes em relação a essa doença.
Quando o paciente tem cárie o procedimento mais utilizado é a sua remoção do tecido cariado e obturação da cavidade. Quando não é tratada logo pode ocorrer até mesmo a destruição quase total do dente levando a infecção da polpa com consequências graves.
A cárie é tida como uma doença do homem civilizado, onde em espécies de Homo mais antigas não se encontra tão constantemente a cárie, o que significa dizer que a sua incidência veio com a maior ingestão de açúcar. A doença cárie não se instala a partir do momento em que há lesão visível clinicamente e sim muito antes disto.
A cárie é uma doença infectocontagiosa causada não só pela presença de microrganismos, mas também devido hábitos alimentares, higiene, colonização bacteriana e composição da saliva e o metabolismo das bactérias sobre os dentes, modulando a atividade da cárie. Trabalhos indicam a diversidade de microrganismos que habitam a superfície dentária, existindo no mínimo quatro diferentes tipos de cáries.
REFERÊNCIAS:
1-Buischi, Y. P.
Promoção de Saúde Bucal na Clínica Odontológica. São Paulo: Artes Médicas EAP - APCD, 2000. 359p.
2-Burnett,G.W.; Scherp,H.W.; Schuster,G.S.
Microbiologia oral e doenças infecciosas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.
3-Consolaro,A.; Pereira,A.A.C.
Histopatologia da cárie dentária e correlações clínicoradiográficas. CECADE News., v.2, n.3, p.11-22, 1994.
4-Castro,A.L.
Curso de diagnóstico bucal; Primeira aula. Rev.Paul.Odontol., v.3, n.1,
p.22-37, jan./fev. 1981.
5-Loesche,W.J.
Cárie Dental - Uma infecção tratável. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1993.
6-Mondelli, J.
Dentística Restauradora - Tratamentos clínicos integrados. São Paulo: Pancast, 1983.
7-Oppermann,R.V.
Diagnóstico clínico e tratamento da doença cárie. In: MEZZOMO,E. et al.
Reabilitação oral para o clínico. São Paulo: Ed.Santos, 1984. Cap.2, p.7-55
8-Pinheiro,C.E.
Curso de Bioquímica da cárie dental;-: VI - Fatores etiológicos: suscetibilidade do dente. Rev. Paul. Odontol., v.5, n.4, p.53-62,jul./ago. 1983.
9-Pegoraro, C.N.
Cárie: diagnóstico e plano de tratamento. Bauru, Universidade do Sagrado
Coração, 1995. (Cadernos de divulgação cultural).
10-Pinheiro,C.E.
Curso de Bioquímica da cárie dental;-: VI - Fatores etiológicos: suscetibilidade do dente. Rev. Paul. Odontol., v.5, n.4, p.53-62, jul./ago. 1983.
11-Pinto, V.G.
A questão epidemiológica e a capacidade de resposta dos serviços de saúde bucal no Brasil. São Paulo, 1992. [Tese de Doutorado - Faculdade de Saúde Pública da USP].
Pinto, M.B. ,
12-Thylstrup, A.; Fejerskov,O.
Tratado de Cariologia. Rio de Janeiro: Cultura Médica,1988.
13-Weyne,S.
Cariologia. In: BARATIERI,L.N. Dentística - Procedimentos preventivos e
restauradores. Rio de Janeiro: Quintessence, 1989. Cap.1, p.1-42.
14-Adams,A.B.
Caries risk assessment. Chronicle,v.58, n.1, p.10-3, Jan. 1995
(artigo em inglês)
15- Al-Sehaibany,F. ; White,G. ; Rainey,J.T.
Theuse of caries detector dye in diagnosis of occlusal carious lesions. J.Clin.Pediatr.Dent., v.20, n.4,p.293-8, 1996.
(artigo em inglês)
Nenhum comentário:
Postar um comentário